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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Quem é Moaz al-Khatib?

Atualizado em 24 de março de 2013

Quem é o líder da nova organização que busca unificar a oposição na Síria? E o que representa esse novo movimento por parte dos oposicionistas?

Em 11 de novembro de 2012, os diversos grupos oposicionistas sírios se reuniram em Doha, no Qatar, com o objetivo de unificar a oposição a Bashar al-Asad. O homem escolhido para liderar a nova organização foi o imã Moaz al-Khatib.



Ahmed Moaz al-Khatib nasceu em 1960 em uma família sunita de Damasco. Geólogo de formação, é um religioso altamente respeitado. Foi imã da grande mesquita dos Omíadas.  Participante ativo do movimento anti-Asad, manifestou-se nas mesquitas em diversas ocasiões, o que lhe rendeu algumas prisões.
Por ser um líder religioso, levantou dúvidas sobre a prudência de ser indicado a presidir o bloco oposicionista unificado. Porém, é um político moderado, cujos pronunciamentos enfatizam a necessidade de direitos para todos os sírios, independente de afiliação religiosa. A maior parte dos oposicionistas vê Moaz al-Khatib com bons olhos, por ser um homem capaz de conciliar visões antagônicas entre a oposição.
No entanto, uma outra fonte de dúvidas é se a Coalizão da Oposição Síria representa efetivamente todos os grupos oposicionistas. Sendo formado por um aglomerado de grupos, organizações e indivíduos, a oposição síria, durante boa parte do movimento anti-governamental, tem permanecido dividida em seus objetivos, projetos políticos e estratégias. Contudo, os articuladores da unificação afirmam que, se por um lado, a Coalizão não aglutinará todos os grupos, por outro, contará com a participação dos grupos mais importantes e mais numerosos.
Pelo caráter moderado do novo líder, os extremistas islâmicos, tanto os locais quanto os estrangeiros, não se unirão à organização e permanecerão, muito provavelmente, seguindo seus próprios desígnios e utilizando as mesmas táticas.

Ahmed Moaz al-Khatib renunciou em 24 de março de 2013, se dizendo frustrado pela falta de progresso na ajuda internacional e acusando certos grupos de quererem tomar para si a revolução, pensando apenas em seus interesses particulares.

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