Diariamente, somos bombardeados por informações vindas de todos os lados. Recebemos notícias, indicadores, análises, e prognósticos que chegam dos cinco continentes. Apesar da enormidade de informações, quase sempre nos vemos incapazes de compreender o que ocorre. Este blog pretende ser uma contribuição para entender esse mundo complexo. É claro, não tem a pretensão de ser um oráculo, que dê conta de tudo o que ocorre no mundo, mas uma busca incessante de entender o que acontece à nossa volta.

segunda-feira, 19 de março de 2012

A luta pelas Ilhas Falklands / Ilhas Malvinas




Nos últimos meses, temos visto a Presidente da Argentina Cristina Kirchner e o Primeiro-Ministro britânico David Cameron trocarem farpas sobre as Ilhas Falklands (Malvinas para os argentinos). Qual a explicação para essa tensão?

As Ilhas Malvinas ou Falklands são disputadas pelos dois países desde 1982.
Em abril de 1982, Argentina e Inglaterra entraram em guerra pelas ilhas, um pequeno arquipélago no Atlântico Sul.







Artigo de Jim Taylor, para a BBC.
8 de fevereiro de 2012
Tradução: Luiz Salgado Neto

Mais de 900 pessoas morreram durante o conflito, incluindo 255 soldados britânicos, 655 argentinos e três pessoas que viviam nas ilhas.
As tensões têm se mantido altas entre os dois países.
A Argentina diz que irá às Nações Unidas sobre o que a Presidente chama de “militarização” britânica no Atlântico Sul.
Isso se seguiu ao envio do destróier HMS Dauntless para a região e a presença do Príncipe William em uma missão de busca e resgate.

O que causou a Guerra das Falklands?

Em 2 de abril de 1982, a Argentina invadiu as Ilhas Falkland, argumentando que herdou o arquipélago da Espanha.
O Reino Unido, que governava as ilhas havia 150 anos e era liderado pela Primeira-Ministra Margaret Thatcher, optou por contra-atacar.

O que aconteceu durante o conflito?

Durante os 74 dias seguintes, os dois países travaram uma guerra por terra, ar e mar.
O Reino Unido possuía mais tropas terrestres (28 mil) e navios (100), mas menos poder aéreo que a Argentina.
Alguns combates foram ferozes e mortais.
Em 2 de maio, as forças militares britânicas afundaram o cruzador argentino General Belgrano, matando 368 tripulantes.
Dois dias depois, 20 tripulantes morreram quando o destróier britânico HMS Sheffield naufragou após ser atingido por um míssil.
A Argentina se rendeu em 14 de junho, quando as tropas britânicas marcharam pela capital Stanley.


 

Como é a vida nas Ilhas agora?

A maioria das pessoas que moram nas ilhas está satisfeita por ser governada pela Grã-Bretanha.
Stanley é do tamanho de uma grande cidade, e muitos moradores ganham seu sustento criando ovelhas.
Embora as ilhas sejam localizadas em um local distante do litoral, a maioria das pessoas possui televisão, telefones celulares e acessa a Internet.
O tempo é imprevisível e pode mudar repentinamente.
Dizem que você pode experimentar as quatro estações do ano no mesmo dia.
A moeda é a Libra das Ilhas Falkland – que vale exatamente uma Libra Esterlina.
Cerca de 700 mil turistas visitam as Falkland todos os anos, a maioria para observar a vida selvagem.

Por que as ilhas voltaram ao noticiário?

A Argentina quer reiniciar conversas sobre o futuro das ilhas, mas o governo do Reino Unido diz que as Falkland serão governadas pelos britânicos enquanto os moradores das ilhas desejarem.
As tensões têm aumentado desde que uma companhia britânica iniciou perfurações petrolíferas e há disputas sobre turismo e rotas de embarcações.
O destróier HMS Dauntless deve ser enviado às Falkland, embora o Ministro da Defesa diga que isso já havia sido planejado há tempos.
O Príncipe William ficará seis semanas nas ilhas, o que a Argentina vê como uma nova tentativa de provocá-la.


2 comentários:

  1. Para um bom progresso saudável as Ilhas, seria melhor que o Governo Britânico continuasse no poder. Mais em um ver geográfico seria considerável a Argentina tomar as rédeas

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  2. Esta mais do que claro que não é a questão geográfica que esta sendo discutida, e sim os interesses econômicos dos dois países. E para os gestores, mais uma guerra, mais vidas perdidas, são fatores irrelevantes diante do poder que o petróleo traz.
    Assim, ma minha opinião, é mais conveniente que as ilhas sejam governadas pela Grã-Bretanha.

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